Cientistas chilenos assistem a explosão de 61 supernovas em tempo real
- María José López Pourailly

Recentemente, um grupo de cientistas do Centro de Modelagem Matemática (CMM) da Universidade do Chile pode ver a explosão de 61 supernovas em tempo real, poucas horas depois de seu aparecimento no espaço.


17 de agosto de 2017: cientistas de todo o mundo que estudam o Universo presenciam e analisam online e ao vivo um evento histórico que marcará um antes e depois na forma como se compreende o estudo e o desenvolvimento da Astronomia. A notícia se espalha por todo o globo no dia 17 de outubro do mesmo ano. Em nossas casas e escritórios, no transporte público ou nas ruas, vemos nos televisores, dispositivos móveis e computadores, a recriação da fusão de duas estrelas de nêutrons ocorrida há 130 milhões de anos na NGC4993, a maior das galáxias da constelação de Hidra. O evento foi catalogado como ‘cataclísmico’. A razão da revolução midiática e científica causada pelo fenômeno está no fato de que este foi o primeiro da história a ser registrado, visto e escutado de forma simultânea, graças aos telescópios, radiotelescópios, detectores de ondas gravitacionais e às redes avançadas de Internet – como RedCLARA e GÉANT, em nível regional – que permitiram o trabalho colaborativo de quase uma centena de pesquisadores que, de todas as latitudes do mundo, contribuíram com o estudo.